O MAFRO E VOCÊ

Nesta edição do Encontro O Mafro e Você 2019, a temática é Salvador, a natureza de uma cidade, para celebrar os 470 anos da capital baiana e lembrar as transformações sofridas no seu crescimento urbano. A realização é do Museu Afro-Brasileiro da Universidade Federal da Bahia (MAFRO) nos dias 14, 21 e 28 de outubro (segunda-feira), às 16h, num prenúncio ao calendário da Consciência Negra. O encontro é um projeto de ação afirmativa, em forma de seminário livre,  criado em 2012 para trabalhar as vertentes do museu e as relações étnicas da formação da sociedade brasileira com suas implicações políticas e sociais.

Na série de diálogos com o público, a educadora e militante do MNU Ana Célia da Silva apresenta sua visão do centro histórico de Salvador, contrapondo o conceito eurocêntrico funcional de beleza que sempre ignorou a população negra. No primeiro dia, a professora faz uma sessão de autógrafos para o livro A discriminação do negro no livro didático, que está na terceira edição. O painel será ilustrado com leitura de poemas sobre Salvador pelo ator Ronei Silva acompanhado do músico Arnaldo Almeida.

A segunda convidada é a advogada e doutoranda em Arquitetura e Urbanismo Maria Alice Pereira da Silva. Ela explica, no dia 21, como a Pedra de Xangô se tornou patrimônio sagrado do miolo da cidade e a encruzilhada religiosa, comunitária e política do povo-de-santo da cidade. Em seguida apresenta o livro Pedra de Xangô: um lugar sagrado afro-brasileiro, com sessão de autógrafos.

O Painel do economista e escritor Everaldo Duarte e da socióloga Sandra Bispo revisita pontos da cidade do Salvador, afirmando valores da natureza e da população negra que sempre sustentou a economia e a cultura baianas. Após o diálogo, Everaldo Duarte relança o livro Terreiro do Bogum (memórias de uma comunidade jeje-mahí na Bahia).

O museu se insere no tema “Reconhecimento, justiça e desenvolvimento”, da Década Internacional de Afrodescendentes (2015/2024) definida pela Organização das Nações Unidas, para fomentar uma participação social menos desigual. A ONU estima que somos cerca de 200 milhões de afrodescendentes nas Américas. Em nossos debates, para que servem esses números na Bahia, onde somos uma maioria excluída?

A programação tem o seguinte roteiro:

Dia 14/10, 16h

Painel: A natureza pedagógica do centro histórico de Salvador

Convidada: Profa. Dra. Ana Célia da Silva (MNU/UNEB)

Leitura de poemas com Ronei Silva, acompanhado de Arnaldo Almeida (violão)

Lançamento do livro A discriminação do negro no livro didático

Dia 21/10, 16h

Painel: Pedra de Xangô: Patrimônio e resistência da natureza

Convidada: Advogada e doutoranda Maria Alice Pereira da Silva (UFBA)

Lançamento o livro Pedra de Xangô: um lugar sagrado afro-brasileiro.

 

Dia 28/10, 16h

Painel: Memórias da natureza de uma cidade

Convidados: Economista e escritor Everaldo Duarte e Socióloga Sandra Bispo

Lançamento do livro Terreiro do Bogum (memórias de uma comunidade jeje-mahí na Bahia).

Mediação: Marcos Rodrigues – Mestre em Estudos Étnicos e Africanos (UFBA)

DETALHES

Início:
14 - outubro | 16:00
Final:
28 - outubro | 18:00

ORGANIZADOR

Museu Afro Brasileiro da UFBA
Telefone:
71 3283-5540
Website:
www.mafro.ffch.ufba.br